O objetivo da avaliação da amplitude de movimento passiva é avaliar os movimentos osteocinemáticos de uma articulação para avaliar a amplitude de movimento em graus e, se a amplitude de movimento for limitada, avaliar a sensação de extremidade. De acordo com os estudos de Charlton et al. (2015) e Prather at al. (2010) a avaliação da amplitude de movimento passivo da articulação da anca teve uma fiabilidade intra-avaliador moderada a excelente e uma fiabilidade interavaliador fraca a excelente, dependendo do movimento que foi examinado. A tabela seguinte apresenta valores padrão para a amplitude de movimento passivo da anca:
Para a flexão do doente em posição supina deitada perto do bordo longo do banco de tratamento. Em seguida, palpar a espinha ilíaca antero-superior do lado a examinar para verificar se a amplitude de movimento final foi atingida e se a pélvis começa a mover-se. Com a outra mão, agarrar o fémur distal, podendo a parte inferior da perna apoiar-se no antebraço ou ficar numa posição fletida. Em seguida, passe para a flexão e avalie a sensação de extremidade.
Para a extensão, colocar o doente em posição de decúbito ventral perto do bordo longo do banco. Em seguida, fixar a bacia na tuberosidade isquiática com a face hipotenar de uma mão. Com a outra mão, agarrar o fémur distal e realizar a extensão passiva da anca e avaliar a sensação de extremidade.
Para a rotação interna, a primeira opção é testar em 90 graus de flexão enquanto o doente está deitado em posição supina. Por isso, coloque a perna do doente em flexão enquanto o seu antebraço apoia a perna e a sua mão pode segurar o joelho para o proteger contra o binário em valgo quando efectua a rotação interna. Também é possível avaliar a rotação interna com a anca em posição neutra. Este procedimento pode ser efectuado em posição supina, com a perna suspensa sobre o bordo do banco, ou em posição prona, fixando novamente a tuberosidade isquiática.
Para a rotação externa, aplica-se o mesmo que para a rotação interna. Assim, é possível testar em ambos os casos 90° de flexão da anca em posição supina ou em posição neutra da anca. Para a abdução, o doente deita-se em posição supina junto à extremidade longa do banco. Com uma mão, palpar a espinha ilíaca ipsilateral anterior superior com o polegar. Os restantes dedos dessa mão podem ficar em contacto com o banco. Com a outra mão, pegar na perna do doente pelo joelho, de modo a que a perna do doente fique apoiada no antebraço, e efetuar a abdução passivamente, enquanto a outra mão monitoriza o movimento na pélvis. Quando se aproxima da gama final e avalia a sensação final.
Para a adução, o doente deita-se em posição supina com o pé da perna não testada colocado lateralmente ao joelho da perna a examinar. A perna do doente é apoiada no antebraço e o polegar da outra mão apalpa a espinha ilíaca antero-superior do lado contralateral para monitorizar o movimento da pélvis.
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