Teste de marcha com ângulo de progressão do pé | FAI
Os testes actuais de exame da anca para detetar o impacto femoroacetabular (IFA) ou a instabilidade da anca são testes passivos realizados pelo examinador e podem não reproduzir sintomas relacionados com a atividade. Por conseguinte, Ranawat et al. (2017 ) propuseram o teste de marcha com ângulo de progressão do pé. No seu estudo de diagnóstico, o teste foi avaliado em conjunto com o teste FADIR para a IFA e o teste FABER para a instabilidade da anca e apresentou uma sensibilidade de 61% e uma especificidade de 56% na avaliação da IFA, bem como uma sensibilidade de 67% e uma especificidade de 70% para a instabilidade da anca, o que se traduz em rácios de probabilidade bastante fracos e é por isso que, até que ocorra uma validação adicional, também atribuímos um valor clínico fraco a este teste.
Para realizar o teste, pede-se ao doente que caminhe normalmente com o pé num ângulo neutro. Em seguida, o doente é instruído a efetuar uma marcha em ângulo de progressão interna do pé, de modo a que a perna seja rodada internamente. Isto a cerca de 15° da sua marcha neutra.
Segue-se a progressão externa do pé e a marcha em ângulo.
O teste é positivo se a dor for provocada com o aumento do ângulo de progressão do pé ou se a dor inicial for exacerbada.
Esta avaliação dinâmica tem como objetivo reproduzir ou exacerbar os sintomas através da manipulação da marcha. Utilizando o FPAW, a progressão do pé é modificada pela rotação interna ou externa, o que se traduz em forças dirigidas através da anca que modificam ou exacerbam os sintomas. O encosto da junção cabeça-pescoço com rotação interna estaria presumivelmente ligado à marcha sintomática em pacientes com FAI, o que coincidiu com a descoberta de um FPAW interno positivo no grupo de estudo confirmado como tendo morfologia FAI. Em contrapartida, os doentes com instabilidade sintomática da anca apresentaram um teste positivo com FPAW externo, o que pode reproduzir a instabilidade ou os sintomas de subcobertura.
Outros testes ortopédicos comuns para avaliar a FAI e/ou rupturas do labrum da anca são