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Dor de cabeça cervicogénica explicada | Neurofisiologia da dor referida

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Dor somática e visceral referida explicada | Neurofisiologia da dor

Antes de começar a ver este vídeo, recomendamos vivamente que leia a nossa publicação sobre a terapia somática e dor visceral referida no qual explicamos o mecanismo básico subjacente à dor referida. Já sabe o básico? Muito bem, vamos lá começar:

 

No caso da dor referida, a dor é sentida numa região que não é o local do estímulo doloroso. Assim, a pressão ou a carga sobre o local onde a dor é sentida não conduz normalmente a um aumento da intensidade da dor. No entanto, a pressão ou carga no local dos nociceptores sensibilizados resulta num aumento da intensidade da dor na área referida. No caso da cefaleia cervicogénica, a nocicepção nas estruturas do pescoço leva à dor referida à cabeça. Mas como é que isso acontece?

Se seguirmos a teoria da convergência-projeção descrita no nosso outro post, precisamos primeiro de uma estrutura responsável pela nocicepção na zona cervical alta que tenha uma baixa densidade de inervação aferente nociceptiva. Trata-se normalmente de estruturas que se encontram em profundidade, como as articulações facetárias, incluindo as suas cápsulas articulares em C2/C3, ou os ligamentos alares que se estendem desde as fossas de C2 até ao occipital, por exemplo. A inervação aferente destas estruturas converge para o neurónio de segunda ordem no corno dorsal à altura de C1/C2.

Inervação da coluna cervical superior

Ao mesmo tempo, o nosso rosto tem uma densidade muito elevada de inervação nociceptiva aferente e recebe inervação sensorial do nervo craniano número V - o nervo trigémeo. O nervo trigémeo, por sua vez, converge para o neurónio de segunda ordem no núcleo do nervo trigémeo, que é o maior núcleo do nervo craniano. Estende-se desde o mesencéfalo, passando pela ponte e medula, até à medula espinal, até C1/C2. Assim, a inervação do nervo trigémeo e a inervação das estruturas profundas da coluna cervical superior convergem para o mesmo segmento da coluna vertebral.

Dor de cabeça da teoria da projeção de convergência

Assim, quando o estímulo nociceptivo aferente do pescoço viaja até ao neurónio de segunda ordem no corno dorsal no segmento C1/C2 e finalmente chega ao córtex somatossensorial, esta parte do cérebro tem de descobrir a origem do estímulo. Neste caso, o cérebro comete um erro de projeção e decide que o estímulo nociceptivo deve ser proveniente da área com maior inervação aferente nociceptiva, que é a face, em vez da área cervical superior mal inervada. Por outras palavras, o cérebro projecta a dor na zona fronto-orbital da cabeça.

Se todo o rosto é inervado pelo nervo trigémeo, porque é que só sentimos dores de cabeça na zona fronto-orbitária e não na bochecha e na mandíbula? O nervo trigémeo divide-se em 3 ramos diferentes, que são:- O nervo oftálmico, que fornece o couro cabeludo, a testa e a zona orbital, entre outros. O nervo maxilar alimenta a bochecha, o lábio superior e os dentes superiores, entre outros. E o nervo mandibular supre o lábio inferior, o queixo e a mandíbula até à zona temporal

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Quando estes 3 ramos nervosos chegam ao núcleo do nervo trigémeo, estão basicamente invertidos. Lembre-se que o núcleo do nervo trigémeo é grande e é composto por três subpartes diferentes. Os nervos mandibular e maxilar convergem para a pars oralis e pars interpolaris do núcleo do nervo trigémeo, respetivamente, que não chegam a atingir a medula espinal. Apenas o nervo oftálmico converge para a pars caudalis do núcleo do nervo trigémeo, que se situa na medula espinal à altura de C1/C2, exatamente onde convergem as aferências das estruturas da coluna cervical superior.

É importante referir que estamos a falar de estruturas inervadas unilateralmente do pescoço e da face. Assim, a dor referida a partir das estruturas do pescoço à direita, por exemplo, conduzirá sempre a uma dor de cabeça do lado direito e a dor do lado esquerdo referir-se-á ao lado esquerdo.

 

Referências:

Johnston, M. M., Jordan, S. E., & Charles, A. C. (2013). Padrões de referência da dor dos nervos C1 a C3: implicações para os distúrbios de cefaleias. Annals of neurology, 74(1), 145-148.

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