Ellen Vandyck
Gestor de investigação
A elevação com a parte inferior das costas numa postura lordótica (coluna lombar estendida) é geralmente aconselhada e faz parte da "educação das costas" clássica. Apesar de este conselho ser amplamente aceite, parece haver uma falta de investigação in vivo que examine esta questão. Além disso, as intervenções de manuseamento manual que aconselham as pessoas a evitar levantar com as costas fletidas não conseguiram reduzir a dor lombar. Este estudo, portanto, examinou a influência das posturas lombares no recrutamento muscular do tronco, na força e na eficiência durante o levantamento de alta intensidade.
Os participantes saudáveis (sem dor lombar nos 12 meses anteriores, sem cirurgia da coluna ou abdominal, sem doença neurológica ou reumatológica, não grávidas) eram candidatos elegíveis. Os participantes tinham de realizar um exercício isométrico máximo do tronco, adoptando uma postura de elevação simétrica, com os joelhos fletidos a 45°. Foram examinadas três posturas da coluna lombar: flexão completa, extensão média e extensão máxima. Utilizando um desenho de estudo de medidas repetidas, os investigadores examinaram os efeitos das três posturas lombares enquanto os participantes realizavam contracções isométricas voluntárias máximas. A atividade muscular dos músculos erectores da espinha superior, erectores da espinha inferior, multífido e oblíquo interno foi medida através de eletromiografia de superfície (EMG).
Foram incluídos 26 participantes saudáveis (13 homens e mulheres). Um efeito principal significativo para a postura mostrou uma diferença no momento extensor do dorso entre a postura flexionada e a postura média, a postura média e a postura estendida e a postura flexionada e estendida. A postura lombar não teve qualquer efeito nos momentos da anca ou do joelho.
Foi encontrada uma diminuição média no EMG quando a elevação foi executada na posição média em comparação com a extensão, e quando a elevação foi efectuada em flexão em comparação com a posição média. A eficiência neuromuscular aumentou em cerca de 25% quando se passou da posição estendida para a posição média e um aumento de cerca de três vezes na eficiência neuromuscular durante a elevação foi medido quando se passou da postura média para a flexão total.
Há vários aspectos positivos a assinalar. A ordem dos esforços de força foi aleatória e os participantes não foram treinados antes da tarefa de elevação, reduzindo assim um possível efeito de aprendizagem. Foram realizadas três contracções máximas por postura e o pico de força mais elevado alcançado foi utilizado na análise. As medidas EMG foram normalizadas antes dos procedimentos de teste. Apenas nos casos em que foram encontrados efeitos principais significativos, foram utilizados testes post-hoc de Bonferroni para determinar as diferenças entre as três posturas lombares. Com esta abordagem, os autores evitam os problemas que surgem quando se testam várias hipóteses.
Cansado de ouvir que não se deve curvar as costas ao levantar pesos? Este estudo mostra que a elevação com as costas fletidas aumenta a força e reduz a atividade dos músculos paraespinhais e rejeita os conselhos comuns de manuseamento manual para elevar com a coluna lombar lordótica (estendida).
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