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Doença de Osgood-Schlatter: uma atualização de 2020

A OSD é uma queixa comum na parte anterior do joelho em crianças ativas entre 10 e 15 anos de idade. O que sabemos atualmente sobre essa patologia?

Atualização de Ladenhauf et al 2020 sobre osd

Ladenhauf et al (2020)

É mais um ouvinte do que um leitor? Saiba mais sobre essa atualização de 2020 neste vídeo!

Epidemiologia

A OSD é uma queixa comum na região anterior do joelho em crianças ativas entre 10 e 15 anos de idade. Existem diferentes teorias sobre a epidemiologia. Os dois mais proeminentes são a inflamação devido à fricção repetida do tendão patelar contra a tuberosidade da tíbia. Isso resulta em pequenas fraturas por avulsão, causando dor e inchaço. 

O diagnóstico pode se basear apenas em um histórico e exame minuciosos, muitas vezes não sendo necessário um raio X.

A segunda teoria afirma que não se trata tanto das fraturas por avulsão, mas sim do tendão patelar e das estruturas adjacentes que fazem com que a criança tenha dor e inchaço na área.

Histórico

Existem alguns fatores de risco conhecidos, divididos em fatores modificáveis e não modificáveis:

Os fatores não modificáveis incluem: 

  • gênero masculino
  • alinhamento patelofemoral
  • estágio de crescimento da fise

Os fatores modificáveis incluem:

  • maior peso corporal e/ou IMC
  • rotina de prática semanal 
  • tensão nos isquiotibiais, panturrilhas e quadríceps
  • redução da estabilidade do núcleo.

O diagnóstico pode se basear apenas em um histórico e exame minuciosos, muitas vezes não sendo necessário um raio X. Pode-se fazer um raio X para excluir possíveis ossículos livres e descartar outras condições.

Os pacientes com OSD lhe dirão que os sintomas pioram com a carga no joelho, o que refletiria a tensão física no tubérculo tibial. Isso inclui atividades como pular, correr, agachar e chutar. 

A possibilidade de espessamento e sensibilidade do tendão patelar pode aumentar ainda mais sua suspeita. Por fim, deve-se avaliar toda a extremidade inferior quanto à força e à rigidez muscular.

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Tratamentos

Atualmente, o tratamento da OSD depende principalmente do raciocínio clínico e da opinião de especialistas, pois não dispomos de muitos dados. As estratégias recomendadas incluem modificação de atividades, pausa de atividades provocativas, exercícios, treinamento de flexibilidade dos músculos tensos, treinamento de estabilidade do núcleo, AINEs e/ou gelo. Os exercícios incluídos em um estudo recente de Rathleff(ref.) incluíam extensões isométricas das pernas, agachamentos na parede, agachamentos com peso corporal, lunges e pontes de isquiotibiais. 

As injeções de corticosteroides não são recomendadas.

Referência

Ladenhauf et al (2020): https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31714260/

Rathleff et al (2020): https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32284945/

Meu objetivo é reduzir a distância entre a pesquisa e a prática clínica. Ajudá-lo a ser mais crítico em relação às suas próprias ações e aos estudos que lê. Não fornecendo respostas, mas questionando tudo.
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