Ruptura de menisco

Gráfico do corpo
- Na altura da linha da articulação (medial ou lateral)
Informações básicas
Perfil do paciente
- Lesões agudas em jovens que praticam esportes
- Lacerações degenerativas em pessoas idosas sem histórico de trauma
Fisiopatologia
Aguda: Trauma de hiperextensão ou traumatismo de flexão-rotação sob carga (esportes, trabalho, AVD)
Alterações degenerativas ao longo dos anos e movimentos normais repetitivos sem trauma
Aguda: Alinhamento dos mecanismos de cura da dor e dos tecidos
Fase de inflamação: Nociceptiva inflamatória dominante: sinais de inflamação, dor noturna, pulsação, imobilização leva à rigidez, às vezes aumenta com o repouso
Fase de proliferação: Nociceptivo mecânico dominante: comportamento claro de ligar/desligar, dor dependente da carga, local, diminui com o repouso
Crônico: Os mecanismos de dor e de cicatrização de tecidos não se alinham
Nociceptivo mecânico dominante: comportamento claro de ligar/desligar, dor dependente da carga, local, diminui com o repouso
Curso
Agravantes
Agudos: A dor depende do movimento - flexão/extensãoCrônica: Sob carga crescente - Forças de compressão e cisalhamento
Flexibilização
Aguda: Repouso, formação de geloCrônica: Reduzir as atividades, evitar sobrecarga e forças de cisalhamento
24 horas
Aguda: Dor noturna devido à inflamação local
Crônica: Mais dor à noite, possível inchaço intra-articular
Histórico e exame físico
Histórico
Histórico de trauma no joelho; joelho exposto a cargas elevadas no trabalho, esporte, atividades de vida diária Trauma habitual; pacientes mais velhos também apresentam trauma inadequado (ruptura degenerativa)
- "Ceder" é possível, mas não é o principal sintoma
- Normalmente, não há sensação de instabilidade
- Aguda: Travamento em Flexão/Extensão, limitação da ADM, dor local, ardência, profundidade
- Crônico: Dor de degeneração, "rachaduras" ou "estalos", dor incômoda
Exame físico
InspeçãoAcute: Sinais de inflamação no lado medial, possível hemartrose, inchaço intra-articular, postura protetoraCrônica: Atrofia do quadríceps/gastrocnêmio, quase nenhum inchaço
Avaliação funcionalAguda: não é possível devido aos sintomasCrônica: Agachamento profundo, subir escadas, movimento de corte, "ceder" mais descrito do que demonstrado
Exame ativoAguda: limitação da ADM em flexão/extensão/rotação e dor com pequenas cargasCrônica: limitação no final da amplitude em flexão/extensão; cargas elevadas em combinação com esses movimentos são dolorosas. Problemas de equilíbrio - postura de uma perna só, step-up
Exame passivoAguda: PROM limitado, inchaçoCrônico: A ADM final ou de alcance pode ser limitada, com instabilidade estrutural aparente
Testes especiais
Diagnóstico diferencial
- Lesão subcondral
- Cartilagem danificada
- Gonartrose
- Fratura por avulsão do bíceps femoral
- Fratura do platô tibial
- Tríade infeliz
- Irritação do pênis do pé
- Luxação da patela
- PFPS
- Ruptura do tendão do quadríceps
- Ruptura do tendão patelar
- Osgood Schlatter
Tratamento
Estratégia
Conservador: coper, lesão isolada, >45 anos de idade, esportes linearesCirúrgico: não coper, lesão multidirecional, <45 anos de idade, esportes de alto risco
Intervenções
Pós-operatório: Adaptar as intervenções/carga às fases de cicatrização do tecidoConservador: Identificar déficits de força, controle neuromuscular, estruturas passivasPrincípios: concêntrico antes de excêntrico, lento para rápido, baixa carga + alta repetição para alta carga + baixa repetição, duas pernas para uma perna, prestar atenção às demandas específicas do esporte
Referências
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